quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A DANÇA DAS CHEFIAS

Apesar de estarmos em vésperas de eleições, a Câmara Municipal de Olhão reduz e substitui chefias e despede pessoal à medida que cessam os contratos.
A mudança de chefias não corresponde a nenhuma necessidade de serviço, nem à incompetência de quem os ocupava, embora sejam cargos exercidos em regime de comissão de serviço. Seria normal a manutenção dos cargos em função do desempenho técnico dos chefes e das duas uma, ou os chefes não estavam à altura dos acontecimentos e da liderança que deles se esperava ou perderam a confiança politica de quem os dirige, os eleitos.
Há chefes com muitos anos de cargo a quem nunca foram apontados defeitos, embora se saiba que muitos deles correspondiam às solicitações dos eleitos, nomeadamente do presidente da Câmara, no sentido de aprovarem aquilo que não podiam nem deviam, bastando para isso olhar para os departamentos de urbanismo, financeiro ou jurídico.
Obviamente que as novas chefias satisfazem os critérios políticos de quem pensa mandar na autarquia nos próximos quatro anos, a que não será alheio o dedo de Francisco Leal. É que, ainda que retirado da liderança da autarquia, ele não abdica de exercer a presidência, crente de que os "socialistas" não perderão as eleições, tornando-se no maior inimigo de António Pina, um presidente sem perfil e acomodado.
A teia montada por Francisco Leal, que vai utilizar o possível cargo de presidente da assembleia municipal para se passear nos corredores do palácio branco, confere-lhe o poder de saber tudo quanto se passa entre os eleitos e, ou funcionários, mantendo o controlo da gestão autárquica que outros assumirão.
Os ex-chefes passam a picar o ponto como todos os outros funcionários e essa situação cria mal-estar entre eles que se sentiam uns deuses perante os colegas e ainda mais perante o Povo, a pontos de quererem vomitar o que de mal vai na gestão da câmara. É caso para dizer que se zangam as comadres, descobrem-se as verdades, o que significa a breve trecho o desenrolar de mais acusações contra os actuais eleitos.
Da parte da oposição não vemos qualquer tomada de posição em relação às mudanças efectuadas, despropositadas e que deveriam deixar para depois das eleições a tomada de decisão para os novos eleitos, porque no fundo também não querem qualquer mudança significativa e muito menos bulir com amigos, valorizando as amizades e desvalorizando os princípios. Se não houver uma mudança radical, a Câmara Municipal de Olhão continuará a ser o espelho daquilo que sempre foi nestes trinta e oito anos.
Olhão precisa de mudança, mas uma mudança baseada nos princípios, nas atitudes e nas politicas que não nas pessoas. Apresentar slogans demagógicos, e discursos feitos de promessas que não são para cumprir, é mais do mesmo. 
E por isso, desafiámos todos os candidatos à presidência da Câmara a promover um debate frente a frente onde fossem apresentadas ideias concretas para o desenvolvimento do concelho. Que futuro para para o Povo de Olhão? Era o que nós queríamos saber!
O Sr. António Pina pôs como condição que o nosso cabeça de lista não participasse!
As atitudes ficam com quem as toma e esta é reveladora do medo que têm de ser confrontados, olhos nos olhos, e em público, sobre as trafulhices que cometeram e a falta de ideias que têm para o futuro do Concelho.
A 29 de Setembro VOTA PCTP/MRPP!
VOTA NO PRIMEIRO! 


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