quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ONDE PÁRA O DINHEIRO DA CASA DO POVO DA FUZETA?

Há cerca de duas semanas, a Casa do Povo de Moncarapacho foi "assaltada" e desapareceu o dinheiro que estava na lata da banha. Como não podia deixar de ser foi chamada a policia de investigação criminal que apurou ter sido alguém de dentro, mais propriamente alguém que pertence aos corpos sociais. 
A partir do momento da descoberta da identidade não revelada do "assaltante", este passou a "desviante", promoção silenciosa e cúmplice, porque recomendaria o bom senso que de imediato fosse afastado, o que não aconteceu.
E porque não foi afastado, adensando o mistério sobre o "desviante" procurámos saber as razões de tão benevolente atitude e qual não foi o nosso espanto quando apurámos que o "desviante" integra a candidatura "socialista" à Junta da União de Freguesias de Moncarapacho e Fuzeta.
Dado os gastos pornográficos com a campanha eleitoral e desconhecendo-se o montante voador da lata da banha da Casa do Povo, inquieta-nos a preocupação de saber se há alguma relação entre o voo do dinheiro e os gastos da campanha, embora admitamos que o cabeça de lista não seja homem para estes golpes baixos.
Certo é que os fregueses de Moncarapacho e da Fuzeta viram o dinheiro da Casa do Povo voar, da mesma maneira que vêem o dinheiro voar das suas algibeiras para a lata da banha da Câmara, seja através da factura da água ou do roubo do IMI.
Entretanto o candidato do PSD também não deixa por mãos alheias o quinhão da sua junta, levando o verão inteiro até à ultima da hora a gastar o dinheiro da freguesia em bailes e festas como se vivêssemos tempos faustosos. Donde provem tanto dinheiro nas mãos da Junta moncarapachense? Contraiu algum empréstimo ou não aplicou o que tinha ao serviço do Povo, optando por juntar e gastar desta forma? A diferença pouco faz, são ambas formas criminosas de gerir dinheiros públicos, porque um Povo a quem cortam a água por não ter dinheiro para a pagar, que está a passar fome e a viver na penúria criada pelo partido do presidente da junta, não pode receber com um sorriso este disparate festivaleiro que apenas serve uma candidatura partidária.
E se é de lamentar a sorte dos fregueses moncarapachenses, melhor não é a da Fuzeta, a quem os dirigentes destes dois partidos recusaram o direito a uma barra em condições, negaram-lhe um porto de pesca aprovado, roubaram-lhe a junta e ainda pretendem roubar a escola, o centro de saúde e os correios.
O Povo da Fuzeta tem de lutar contra esta aberrante agregação que visa retirar-lhe todos os serviços públicos existentes, para alem dos que já lhe foram roubados, quanto mais não seja pela memória dos valentes pescadores do bacalhau, daqueles que se opuseram à ida forçada para os bancos da Terra Nova ou dos que lutaram contra a destruição que o caminho de ferro queria provocar à época. A Branca Noiva do Mar não pode desaparecer sem que o seu Povo se revolte e essa revolta deve começar já nas próximas eleições, tome as formas que tomar.
Esta candidatura jamais apelará ao voto contra os interesses de um Povo, mesmo que isso nos traga um resultado negativo, porque estão em causa princípios que não podem ser subvertidos por uma qualquer lógica eleitoralista. Esta candidatura está solidária com o Povo da Fuzeta e com ele lutará pelos seus direitos centenários.

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