Em meados de 2008 era criada a "Associação Verdades Escondidas", enquanto
se preparava o realojamento dos moradores do Largo da Feira, para o que a
Câmara Municipal de Olhão, de forma ilegítima, contraiu uma dívida de
doze milhões de euros. E quando se diz que essa divida é ilegítima, é
porque parte das casas onde habitavam, situavam-se nos terrenos que a
coberto de uma hasta pública não publicitada e por isso simulada, foram
vendidos à Bernardino Gomes para a construção do Hotel. O valor de
mercado do terreno em causa rondava os 1.400 euros/m2 e foram vendidos a
100 e como tal deveria ser o grupo Bernardino Gomes a custear o
realojamento dos moradores. Tal dívida não foi para benefício do Povo
nem teve o seu aval e deve ser considerada ilegitima.
Aquilo que era
para se destinar ao realojamento de pessoas, transformou-se em sede da Associação,
por obra e graça do espírito santo, ou talvez não... É que a presidente
da direcção da Verdades Escondidas é nem mais nem menos que a "dona" da
Câmara, uma tal Célia Puga, no topo da carreira com a classificação de
excelente, porque o presidente da Câmara chamou a si a responsabilidade
de a classificar. Um bom padrinho...
Das imagens pode-se constatar que a Verdades Escondidas nada tem que ver
com o mar e muito menos com a pesca, não se percebendo como se pode candidatar
ao programa operacional de pesca, quando o apoio deveria ser concedido
no âmbito da segurança social. Só que o PROMAR é gerido pela Câmara
Municipal de Olhão, através do Grupo de Acção Costeira sediado na
edilidade, onde a Célia Puga põe e dispõe.
E a coisa é de tal forma que a Célia Puga, na carta que endereça ao presidente,
diz ter recebido de presente para a sua associação um terreno para
construção do edifício sede. Ora pelo que o orçamento junto deixa
perceber, o terreno terá pelo menos 1000 m2 de área, situado em terreno
classificado com a categoria de espaço urbanizável. Assim o valor
mensurável do terreno, dado de presente à Celinha é de um milhão de
euros. Nada mau...
Como a senhora deve ter alguma actividade piscatória,
talvez do "polvo da Câmara", para se candidatar ao PROMAR, saca mais quinhentos mil
euros deste programa. Assim é fácil e todos querem uma associação e uma sede só para si...E já lá vão milhão e meio.
Como o dinheiro era escasso e são todos papalvos, pede
mais um subsídio ao padrinho para "viabilizar" o projecto, ou seja, de
acordo com o orçamento mais 200 mil euros para pagar o IVA, como se os
impostos também fossem considerados como ilegíveis. Com isto vão 1.700.000
euros.
E como esta há outras associações que gozam de benefícios indevidos, de
mui duvidosa legalidade, mas que ajudam a ganhar uns votos em
determinados momentos, os tais sindicatos de voto que há muito
denunciamos.
Até quando o Povo de Olhão estará disposto a suportar esta máfia
politica que usa e abusa dos dinheiros públicos, nossos porque somos nós
que os pagamos?
Às portas de um acto eleitoral que pode originar uma profunda mudança na
gestão camarária, o Povo de Olhão deve reflectir muito bem na forma
como vota, porque dele depende o futuro de Olhão.
A única opção é VOTAR PCTP/MRPP!
VOTA NO PRIMEIRO!
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